Amadeus
O filme Amadeus foi lançado em 8 de
outubro de 1984 e com duração de incríveis 3 horas foi dirigido por Milos
Forman. Com o gênero de Comedia, Drama e Histórico.
Enredo
O filme se inicia em
1823, quando Salieri, já velho, tenta cometer suicídio, cortando sua garganta enquanto
grita por perdão, por ter matado Mozart, há muito já falecido. Após ser
internado num hospício, é visitado por um jovem padre, que procura obter a
sua confissão. Salieri está amargo e, de início, pouco interessado. Porém,
acaba ficando à vontade com o padre e inicia uma longa "confissão"
sobre seu relacionamento com Mozart. As cenas deste diálogo voltam, ao longo do
filme, como se a trama estivesse sendo narrada ao padre por Salieri, durante
toda uma noite, até o início da manhã seguinte.
Salieri relembra sua
juventude, em particular sua devoção a Deus e seu amor pela música,
e como ele prometeu a Deus permanecer celibatário, como forma
de sacrifício—se pudesse devotar, de alguma maneira, sua vida à música. Descreve
como os planos de seu pai para ele envolviam os negócios, porém sugere que a
sua morte repentina, engasgado durante uma refeição, teria sido
"um milagre" que permitiu que Salieri fosse atrás de uma
carreira musical. Sua narrativa vai, então, para o início de sua vida adulta,
quando se junta
à elite cultural da Viena do século
XVIII ("cidade dos músicos"); Salieri começa sua carreira
como um homem devoto e temente a Deus, que acredita que seu sucesso e talento
como compositor são recompensas divinas por sua fé, e está satisfeito
como compositor da corte para o imperador do Sacro Império
Romano-Germânico José II.
Mozart chega em
Viena com o seu mecenas, o conde Hieronymus von
Colloredo, arcebispo de Salzburgo. Enquanto Salieri observa Mozart
secretamente, no palácio do arcebispo, sem ser apresentado a ele, percebe-o
como uma pessoa irreverente e lasciva, ao mesmo tempo em que reconhece o imenso
talento de suas obras. Em 1781, quando Mozart é apresentado ao imperador,
Salieri presenteia ao jovem compositor uma "Marcha de Boas-Vindas",
que ele havia tido certo trabalho para terminar; nesta mesma reunião, Mozart
mostra pela primeira vez sua tradicional risada infantil, que é ouvida pelo
resto do filme. Após ter ouvido a marcha apenas uma vez, Mozart espontaneamente
"improvisa" com a peça, sem fazer muito esforço, e transforma a
"brincadeira" de Salieri na melodia da ária "Non
più andrai", de sua ópera As Bodas de Fígaro.
Salieri fica abalado
com a ideia de que Deus estaria falando através do infantil e petulante Mozart,
cuja música ele via como milagrosa. Gradualmente, sua fé é abalada; ele imagina
Deus, através da genialidade de Mozart, rindo cruelmente de sua mediocridade
musical. Os esforços de Salieri com Deus são intercalados com as cenas que
mostram os próprios episódios de Mozart em sua vida em Viena; o orgulho da
recepção inicial de sua música, a ira e a incredulidade diante do seu
tratamento subsequente pelos italianos na corte do imperador; a
felicidade com sua esposa, Constanze, e seu filho, Wolfgang, e
o luto pela morte de seu pai, Leopold. Mozart começa a ficar
cada vez mais desesperado, à medida que os gastos da família aumentam e as
ofertas de trabalho diminuem. Quando Salieri se inteira da situação financeira
de Mozart, finalmente enxerga uma chance de se vingar, usando o "Preferido
de Deus" como seu instrumento.
Salieri engendra
então uma trama complexa, para conquistar a vitória derradeira sobre Mozart e
sobre Deus. Usando uma máscara e uma capa semelhante à que ele vira
Leopold vestindo, ele contrata Mozart para lhe compor uma missa de
requiem, com um pagamento adiantado e a promessa de uma quantidade enorme de
dinheiro ao término da composição. Mozart aceita e começa a compor sua última
obra, o Missa de Requiem em ré menor, sem desconfiar da identidade de seu
mecenas misterioso e de seu plano: matar o jovem compositor, assim que a obra
estivesse completa, para assumir a sua autoria. Ao entrar em detalhes, a
respeito de como ele poderia cometer esse assassinato, Salieri descreve,
arrebatado, a admiração de seus colegas e da corte, enquanto aplaudiriam o seu
suposto requiem; apenas ele próprio e Deus saberiam a verdade - que Mozart
teria composto um requiem para si próprio, a que Deus só podia assistir,
enquanto Salieri finalmente receberia a fama e o renome que ele acreditava
merecer.
A situação
financeira de penúria de Mozart continuava, e as exigências impostas sobre ele
pela composição simultânea do Requiem e da Flauta Mágica levam-no
à completa exaustão; após diversas brigas, Constanze o abandona, levando o
filho com ela. Sua saúde, já fragilizada, piora, e ele desmaia durante a
performance de estreia da Flauta Mágica. Salieri leva um Mozart extremamente
doente para a sua casa, e o ilude para que continue a compor o Requiem, deitado
naquele que seria seu leito de morte. Mozart dita a obra para que Salieri a
transcreva à partitura (o que de fato teria acontecido, embora não
com Salieri e sim com dois de seus pupilos, Joseph
Eybler e Franz Xaver Süssmayr), por toda a madrugada.
Constanze, arrependida de sua fuga, retorna pela manhã, e ordena a Salieri que
vá embora, arrancando os manuscritos das mãos deste e guardando-os. Quando ela
vai acordar Mozart, ele já está morto. O Requiem está incompleto, e Salieri só
pode assistir ao corpo de Mozart sendo levado para fora de Viena, onde é
enterrado numa vala comum.
O filme termina
quando Salieri completa o relato de sua história ao jovem padre, visivelmente
abalado. Salieri conclui afirmando que Deus preferiu matar
Mozart a permitir que ele, Salieri, partilhasse de uma parcela ínfima de sua
glória, e que ele está destinado a ser o "padroeiro da
mediocridade". Salieri, então, "absolve" o padre de sua própria
mediocridade, e passa a "absolver" os outros pacientes do hospício à
medida que é levado embora em sua cadeira de rodas. O filme se encerra, e
antes dos créditos ainda se ouve a cômica risada de Mozart.
Elenco
·
F. Murray
Abraham.... Antonio Salieri
·
Tom
Hulce.... Wolfgang Amadeus Mozart
·
Elizabeth
Berridge.... Constanze Mozart
·
Simon
Callow.... Emanuel Schikanaeder
·
Roy
Dotrice.... Leopold Mozart
·
Christine Ebersole.... Catherina Cavalieri
·
Jeffrey
Jones.... Imperador José II
·
Charles Kay....
conde de Orsini-Rosenberg
·
Vincent
Schiavelli.... Mayordomo de Salieri
·
Barbara Bryne....
Sr.ª Weber
·
Martin Cavani....
jovem Salieri
·
Roderick Cook....
conde Von Struck
·
Milan
Demjanenko.... Karl Mozart
·
Peter DiGesu....
Francesco Salieri
Recepção:
Em 1985 o filme foi indicado para onze Prêmios da Academia (Oscar), incluindo uma rara indicação dupla para melhor ator - Hulce e Abraham foram indicados por suas performances de Mozart e Salieri. O filme acabou vencendo oito Oscars, incluindo o de melhor filme (Saul Zaentz), melhor ator (Abraham), melhor diretor (Forman), melhor figurino (Theodor Pištěk), melhor roteiro adaptado (Shaffer), melhor direção de arte (Patrizia von Brandenstein), melhor maquiagem e de melhor som. O filme foi indicado, porém não recebeu os prêmios de melhor fotografia e melhor edição. Amadeus, The English Patient e The Hurt Locker são os únicos vencedores do prêmio de melhor filme a nunca ter entrado nas cinco maiores bilheterias, desde que os rankings começaram a ser registrados, em 1982. Amadeus chegou à sexta posição em sua oitava semana nos cinemas.
O filme também foi indicado para seis Globos de Ouros (Hulce e Abraham foram indicados em conjunto) e venceu quatro, incluindo prêmios de melhor diretor, melhor ator, melhor roteiro e melhor filme (drama). Jeffrey Jones foi indicado para o Globo de Ouro de melhor Ator (coadjuvante/secundário) (drama). Forman também recebeu um prêmio por seu trabalho do Directors Guild of America.
Em sua coleção de ensaios, The Relativity of Wrong, Isaac Asimov elogiou o retrato de Salieri feito por Abraham, e manifestou seu apoio para que ele recebesse o Oscar. Abraham venceu o prêmio por seu desempenho como o músico italiano, da mesma maneira que Ian McKellen havia vencido um Prêmio Tony por sua performance como Salieri na produção da Broadway de 1980.
Ao fim da cerimônia do Oscar, o ator Laurence Olivier subiu ao palco para apresentar o prêmio de melhor filme. Enquanto agradecia à Academia por lhe convidar, Olivier já abria o envelope; em vez de anunciar os indicados, simplesmente leu: "O vencedor é Amadeus." Um oficial do evento rapidamente se aproximou para confirmar o anúncio de Olivier, e indicou que tudo estava certo. O produtor Saul Zaentz mencionou os outros indicados em seu discurso de agradecimento: The Killing Fields, A Passage to India, Places in the Heart e A Soldier's Story.
O filme influenciou a música e a cultura popular da época, e continua a influenciar escritores, autores e músicos. Um exemplo é a canção "Rock Me Amadeus", do artista pop austríaco Falco, que foi um hit em 1985. Abraham apareceu no filme Last Action Hero, de 1993; a um certo momento o garoto Danny avisa a Arnold Schwarzenegger que não confie nele porque "ele matou Mozart!" Schwarzenegger pergunta "num filme?" Ao que Danny responde, "Amadeus! Ganhou oito Oscars!"
Amadeus também foi parodiado diversas vezes, incluindo em episódios de Family Guy ("It Takes a Village Idiot, and I Married One"), The Simpsons ("Margical History Tour"), Freakazoid, Mr. Show, 30 Rock("Succession") e How I Met Your Mother ("The Best Burger in New York").
Curiosidades
O nome Amadeus, que é o nome do
meio de Mozart, significa "Amado de Deus". A escolha desta palavra
como sendo o título do filme se deve à uma correlação feita com a convicção de
Salieri de que Mozart era abençoado por Deus ao compôr suas músicas
O ator Mel Gibson chegou
a fazer testes para interpretar Mozart em Amadeus.
Vários acontecimentos da vida real
de Mozart foram incluídos no roteiro de Amadeus, como seu encontro
quando criança com Maria Antonieta.
Todo o filme foi rodado sob luz natural.
Feito por Yago Oliveira Silva.
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